Você
verdadeiramente se conhece? Sabe realmente o que anseia? Consegue
mensurar,
ainda que por alto,
as perdas
necessárias para o alcançar o que anseia?
E
se sabe, é capaz de reconhecer o
por
que anseia? Esses
motivos
são tão consistentes a ponto de ser
impossível de desistir?
Eles
valem
todo
esforço exigido para o empreendimento? Perguntas como essas,
são essenciais para que uma pessoa possa se desenvolver e conseguir
estabelecer,
traçar rotas e alcançar
metas de
forma a regozijar-se a
cada êxito.
Pois,
quem não se conhece dará muitas voltas e não chegará ao lugar
almejado.
Autoconhecimento
é conhecer a si mesmo no íntimo. Possuir esse conhecimento propicia
uma
melhor
autointerpretação,
e com
isso a
obtenção de
respostas
a
questões
importantes acerca de quem somos e, principalmente, onde queremos
chegar.
Você realmente se conhece? A
resposta a essa questão só
pode ser obtida
após
profunda análise sobre
as
reais
características pessoais
como:
princípios, valores morais e éticos,
modo de pensar e falar; e após
estar em posse dessas informações, aferir
o
nível de coerência delas
com
os
próprios
atos.
Feito
isso, obtêm-se
um
“raio-X”
de nossa
essência,
todavia,
este
exercício
de
autoexame, nem
sempre é prazeroso, pois, após um olhar minucioso para dentro de
nós mesmos, percebemos coisas que não nos agradam, e que nos põem
diante da pessoa real que somos; e
não
daquela
idealizada por nossos pensamentos e
muitas vezes descritas nas nossas falas. Um
exemplo bem comum, e até “pop”
em alguns
microssistemas
são
frases do tipo “eu falo a verdade, mesmo!”, Será?
Bem, não são necessários muitos argumentos para demonstrar o quão
em círculos anda uma pessoa que vive pautada
por esse tipo de comportamento, pois,
dificilmente “vomitando”
a
desorganização emocional e/ou frustrações se obterá um resultado
satisfatório. Perfeitamente
adequada é a reflexão do psiquiatra e psicanalista britânico
Wilfred Bion: “verdade
sem amor é crueldade, amor sem verdade é hipocrisia”.
A
própria brevidade da vida nos convoca a agir
quando
estamos perante a
nudez
de nosso
âmago. Trocando
em miúdos,
quando
chegamos ao ponto de buscar conhecer-se, isso só aconteceu porque já
manifestou-se em
nós a
inata
necessidade de
ir além do que nos é comum, e
nesse
ponto já admitimos
muitos de
nossos defeitos, limites, qualidades etc., Mas
ir
além de perceber e admitir
é
andar
por terras onde
poucos se aventuram a transitar, no
entanto,
é
exatamente esse
fator que estabelece a diferença entre
as
pessoas que vivem sob o condão da “celebre
filosofia”
do “deixa a vida me levar”, para aquelas que
vivem
com o objetivo
de ter uma vida mais significativa sendo
protagonistas
das
próprias histórias.
Os
antigos gregos entendiam que uma vida feliz era aquela que estivesse
em harmonia com o universo, acreditavam
eles que, assim como os elementos da natureza cumprem seu papel na
existência, como a perfeita alternação entre as estações, as
mudanças das marés em sincronia com as
fases
lua e etc., e
nesse
entendimento,
só
é
possível
que
uma pessoa viva
uma vida feliz, quando ela
está
vivendo de
acordo com o objetivo pelo qual ela exista.
Com o avanço das
ciências
em geral,
em muitas áreas esse entendimento foi relativizado ou até mesmo
colocado por terra, no entanto, no que diz respeito à relação
autoconhecimento - felicidade, tal
princípio
cada
vez mais vem mostrando-se
verdadeiro,
nesse sentido cabe aqui
fazer
menção a
uma
máxima menos erudita, porém bem real que é: “Pessoas
felizes não enchem o saco!”,
simplesmente vivem suas vidas de acordo com seus princípios e
valores.
Abordamos
até aqui alguns elementos subjetivos que envolvem e implicam no
autoconhecimento, isto é, aqueles que dizem repeito diretamente ao
indivíduo e suas ações; a seguir, na próxima postagem, iremos abordar os elementos
externos que influenciam diretamente na formação do indivíduo com
suas convicções e valores, que são os fatores externos.
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