segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

AUTOCONHECIMENTO: A FUNDAÇÃO PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA VIDA FELIZ

    
      Você verdadeiramente se conhece? Sabe realmente o que anseia? Consegue mensurar, ainda que por alto, as perdas necessárias para o alcançar o que anseia? E se sabe, é capaz de reconhecer o por que anseia? Esses motivos são tão consistentes a ponto de ser impossível de desistir? Eles valem todo esforço exigido para o empreendimento? Perguntas como essas, são essenciais para que uma pessoa possa se desenvolver e conseguir estabelecer, traçar rotas e alcançar metas de forma a regozijar-se a cada êxito. Pois, quem não se conhece dará muitas voltas e não chegará ao lugar almejado.
     Autoconhecimento é conhecer a si mesmo no íntimo. Possuir esse conhecimento propicia uma melhor autointerpretação, e com isso a obtenção de respostas a questões importantes acerca de quem somos e, principalmente, onde queremos chegar.
            Você realmente se conhece? A resposta a essa questão só pode ser obtida após profunda análise sobre as reais características pessoais como: princípios, valores morais e éticos, modo de pensar e falar; e após estar em posse dessas informações, aferir o nível de coerência delas com os próprios atos.
         Feito isso, obtêm-se um “raio-X” de nossa essência, todavia, este exercício de autoexame, nem sempre é prazeroso, pois, após um olhar minucioso para dentro de nós mesmos, percebemos coisas que não nos agradam, e que nos põem diante da pessoa real que somos; e não daquela idealizada por nossos pensamentos e muitas vezes descritas nas nossas falas. Um exemplo bem comum, e até “pop” em alguns microssistemas são frases do tipo “eu falo a verdade, mesmo!”, Será? Bem, não são necessários muitos argumentos para demonstrar o quão em círculos anda uma pessoa que vive pautada por esse tipo de comportamento, pois, dificilmente “vomitando” a desorganização emocional e/ou frustrações se obterá um resultado satisfatório. Perfeitamente adequada é a reflexão do psiquiatra e psicanalista britânico Wilfred Bion: “verdade sem amor é crueldade, amor sem verdade é hipocrisia”.
             A própria brevidade da vida nos convoca a agir quando estamos perante a nudez de nosso âmago. Trocando em miúdos, quando chegamos ao ponto de buscar conhecer-se, isso só aconteceu porque já manifestou-se em nós a inata necessidade de ir além do que nos é comum, e nesse ponto já admitimos muitos de nossos defeitos, limites, qualidades etc., Mas ir além de perceber e admitir é andar por terras onde poucos se aventuram a transitar, no entanto, é exatamente esse fator que estabelece a diferença entre as pessoas que vivem sob o condão da “celebre filosofia” do “deixa a vida me levar”, para aquelas que vivem com o objetivo de ter uma vida mais significativa sendo protagonistas das próprias histórias.
           Os antigos gregos entendiam que uma vida feliz era aquela que estivesse em harmonia com o universo, acreditavam eles que, assim como os elementos da natureza cumprem seu papel na existência, como a perfeita alternação entre as estações, as mudanças das marés em sincronia com as fases lua e etc., e nesse entendimento, é possível que uma pessoa viva uma vida feliz, quando ela está vivendo de acordo com o objetivo pelo qual ela exista. Com o avanço das ciências em geral, em muitas áreas esse entendimento foi relativizado ou até mesmo colocado por terra, no entanto, no que diz respeito à relação autoconhecimento - felicidade, tal princípio cada vez mais vem mostrando-se verdadeiro, nesse sentido cabe aqui fazer menção a uma máxima menos erudita, porém bem real que é: “Pessoas felizes não enchem o saco!”, simplesmente vivem suas vidas de acordo com seus princípios e valores.
          Abordamos até aqui alguns elementos subjetivos que envolvem e implicam no autoconhecimento, isto é, aqueles que dizem repeito diretamente ao indivíduo e suas ações; a seguir, na próxima postagem, iremos abordar os elementos externos que influenciam diretamente na formação do indivíduo com suas convicções e valores, que são os fatores externos.

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