Objetivos de início de ano ajudam
a realizar os sonhos?
Para maioria das pessoas a chegada de um novo ano
representa uma nova oportunidade de realização dos sonhos, carregada de
expectativas e metas. Fato é que, com a chegada do final de ano, muitos de nós
iniciamos um balanço do ano que está acabando, revendo as alegrias, conquistas,
perdas e frustrações; e com isso, novos planos começam a ser esquematizados em listas
mentais ou mais elaboradas.
A internet está repleta de informação indicando
uma multidão de métodos para elaborar e conduzir planos; organização do tempo
para produzir mais e melhor; textos sobre pensamentos positivos para todos os
gostos e etc.
Com o nosso clamor interno e tanto “incentivo” por
parte do marco de um novo ano somos convocados a refletir sobre nossa
temporalidade: “Mais um ano que passou; estou ficando mais velho (a); o que
conquistei nesse ultimo ano? Este ano foi um ano de conquistas ou não; Quanto
tempo eu ainda tenho para realizar meus desejos”?
Se o leitor está à procura de uma luz para enfim
alcançar objetivos não alcançados, sinto muito em desapontá-lo, o presente texto
não tem por objetivo fornecer mais uma “receita” de vitória, como mencionei há
uns dois parágrafos, a internet está repleta de dicas em relação a organização
de listas e o que pode ajudar para se por em ação as mesmas, e muitas são boas
e uteis, mas, estão longe de ser uma receita pronta para o alcance de metas.
Por isso o objetivo aqui é discorrer sobre alguns
pontos, tão importantes quantos os métodos e técnicas de organização de metas,
aliás, tais pontos são determinantes para a realização plena do indivíduo, pois
é por não observá-los que com frequência pessoas mesmo depois de ter alcançado
um objetivo tão meticulosamente buscado, não se sentem satisfeitas.
São estes os elementos subjetivos daquele que tem
metas a perseguir. Que são, em linhas gerais, o conjunto de aptidões pessoais,
repulsas, aversões, limites, fatores de desestabilização, objetos de dispersão,
o tão conhecido e propalado aos quatro ventos, mas poucamente experimentado no
mudo moderno: o Autoconhecimento. É
justamente por conta do desconhecimento de si mesmas que muitas pessoas no
mundo sofrem, por não alcançar o que desejam, ou por viverem insatisfeitas com
o que conseguiram alcançar.
Quem é a pessoa que você mais confia? E se essa
pessoa trair sua confiança? E se essa pessoa morrer?
Quanto você é uma pessoa de confiança?
O que seria capaz de te tirar do eixo pelo resto
da vida?
Onde você gostaria de estar daqui a cinco, dez,
quinze anos?
Por que essas perguntas? São as respostas a elas
e a muitas outras questões que possibilitam o individuo a tomar contato mais
profundo consigo mesmo e assim se aproximar de seus limites, aptidões dentre
outras muitas especificidades que o compõem.
É lógico que esse é um conjunto pequeno de pontos
genéricos que facilitam a caminhada para o autoconhecimento, afinal cada um tem
sua própria vivencia e bagagem, que muitas vezes não se tem nem chance de
“digerir”, como por exemplo, situações de luto, desilusão, trauma entre outras
experiências doloridas.
A verdade é que esses são elementos que quando
não bem “digeridos”, refletem em algum outro âmbito da vida, podendo atingir
diretamente o estabelecimento de metas e busca delas.
Com tantos questionamentos internos e com nosso
repertório de vida vem a esperança de um ano novo, marcando o inicio de
possíveis acertos e novas oportunidades. Esse “balanço” que fazemos e a
esperança que marca o novo ano nos impulsionam a fazer novos planos e para que
eles se concretizem, muitas vezes precisamos de mudanças, na maioria das vezes
de atitudes e posturas. Ou seja, se
utilizarmos esse sentimentos ao nosso favor, serão eles, facilitadores no
processo de construção de um futuro sonhado.
Todos nós precisamos saber a direção que tomamos;
isso nos dá segurança para seguir em frente, nos dar razão para nos empenharmos
no “caminho”, nos alegrarmos e motivarmos mesmo em momentos difíceis, pois
sabemos onde queremos chegar. O que precisamos é caminhar sem nos enveredarmos
pela ansiedade, por isso ao planejarmos, devemos pensar em metas possíveis,
para depositarmos nossas energias e descansar os nossos corações ao saber que
ao semear, colheremos no tempo certo.
Em resumo com a chegada do novo ano é tempo de
rever, repensar, sonhar, planejar um futuro e colocar em prática as metas que
são os frutos de tanta reflexão. É fato também que após alguns dias da virada
do ano temos a tendência de cairmos na antiga rotina, a mesma que inviabilizou
as conquistas, e por conta disso, muitas pessoas tendem a desenvolver algum
tipo de ansiedade.
Se a
ansiedade te deixa confuso ou desconfortável, não hesite em procurar apoio
profissional, a Psicoterapia é uma forte aliada para te ajudar a organizar as emoções,
ideias e focar em seus objetivos.
Conhecendo-se
fica mais fácil caminhar para uma vida com mais sentido e significado; pois
quem não se conhece, não sabe quais caminhos trilhar.
Não deixe
passar mais um ano para decidir mudar, se isso for um anseio seu, empenha-se e
boa sorte!
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