Você se
conhece e sabe usar esse autoconhecimento para o seu crescimento?
Como já disse em outro texto, “a angústia traz o
desconforto que nos impulsiona a decidir; a cada escolha que optamos decretamos
a morte de outra possibilidade que não foi escolhida, isso frequentemente nos
traz ansiedade frente ao conflito de não termos a competência para vivenciar
tudo que desejamos ao mesmo tempo”. Temos todos, certo grau de dificuldade de
lidar com as críticas, cada um, de acordo com seu repertório tem seu limite e
destreza para lidar com elas, o fato é, que a autocrítica se torna muito
angustiante, quando tem seu fim em si mesma, pois, após o contato com nosso
interior somos convocados às atitudes, que muitas vezes nos requererão coragem,
esforço, insistência, humildade entre outras posturas, que muitas vezes deverão
quebrar os paradigmas pessoais, que vêm carregados de influências
socioculturais, ou seja, o autoconhecimento nos permite a reflexão dos nossos
atos visando buscar as fontes de nossas convicções. Será que realmente penso o
que falo? Ou estou reproduzindo um comportamento aprendido? Ou refletindo um
valor que culturalmente me foi passado? Necessariamente, concordo com eles? Ou
simplesmente reverbero sem a menor reflexão? Ou pior, nem me percebo fazendo o que
teoricamente detesto; somente com o autoconhecimento, podemos responder tais
perguntas.
Um exemplo muito comum é no momento da decisão da
carreira profissional, muitos jovens escolhem por influência familiar sem nem
notar isso, o problema não é eleger uma profissão por indicação ou preferência
dos familiares, mas, não ser essa uma escolha consciente dessa influência, ou
seja, não conhecer os reais pontos motivadores da opção decidida, o que no
momento de dificuldade faz toda a diferença, para uma tomada de atitude mais
concreta em relação ao caminho e alvos a serem seguidos, e isso se aplica a
todas as áreas da vida. Vale frisar que em momentos estressantes que exigem
rapidez de decisão ou postura o autoconhecimento é o diferencial para um
posicionamento assertivo, e sobre assertividade, que é um dos resultados
benéficos do autoconhecimento no campo dos relacionamentos, cabendo aqui a
recomendação à leitura do texto “Assertividade”, publicado na fanpage do
Instituto de Psicologia e Controle do Stress.
Em nível de considerações finais podemos conceituar
o autoconhecimento como a habilidade que propicia um viver autêntico que
permite perceber-se como um ser único, vivendo particularidades mesmo que em
meio ao frenesi do mundo, sem que se seja massacrado por questões em aberto,
nem tampouco permitindo-se realizar comportamentos soltos a “maré”, o que
demonstra insegurança e falta de senso de direção. Uma pessoa que se conhece tem
uma vida mais validada pela satisfação de saber quem é e para onde estar indo,
sedo isso aplicável a todas instâncias da vida. Vale também pontuar que o
autoconhecimento é contínuo, isto é, inalcançável em sua plenitude, já que o
ser humano está em constantes transformações de acordo com suas vivências, por
isso, esse assunto não se esgota num texto, simplesmente pelo fato de não
caber.
Todos os assuntos que se referem ao ser humano são
infinitos a partir da realidade humana das suas especificidades e
particularidades, bem como das convenções de convivência de cada época, ou
seja, cada ser é único e especial, apesar de todos sermos “carne e osso”
carregamos a riqueza de sermos ímpares. Ao se perceber diferente do que
gostaria e/ou tomando um rumo diferente do almejado, é recomendado entender
essa percepção como a manifestação interior à necessidade de um encontro
consigo. Temos em nossas mãos a ferramenta principal para a mudança inicial,
restando apenas aceitar o desafio de viver uma vida menos alienada (leia-se
“alienada”: em função de algo que não faz parte do que se entende como ideal),
vitima de “correntes emocionais” desconhecidas para uma vida mais satisfatória
e agradável de ser vivida.
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