quinta-feira, 24 de março de 2011

Temperamento impulsivo

       “Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
       Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.

Clarice Lispector

sexta-feira, 18 de março de 2011

Frase Muito boa!

Enquanto suspirarmos por uma vida sem dificuldades, devemos nos lembrar que o carvalho cresce forte através de ventos contrários e que os diamantes são formados sob pressão.
Peter Marshall

quinta-feira, 10 de março de 2011

Psicoterapia de Casal


A psicoterapia de casal é uma terapia conjunta centrada no relacionamento, o acompanhamento psicoterapêutico nestes casos, visa facilitar a comunicação do casal propiciando a tomada de um rumo satisfatório para relacionamento, de maneira, que ambos se sintam bem dentro da relação.

Recomenda-se a terapia quando um ou ambos estão infelizes, com dificuldade na comunicação, na expressão dos sentimentos e emoções, se desentendem mesmo quando tentam fazer o melhor e quando tentam dialogar, não conseguem esclarecer o que está errado, ou chegar a um acordo em relação ao que deve ser feito para tornar a relação satisfatória.

Mediante a todas essas variáveis, ou outras, de acordo com cada casal, a psicoterapia é utilizada como um instrumento para acolher, elucidar, propiciar reflexão, favorecendo o autoconhecimento individual como auxilio na visualização de si mesmo dentro do relacionamento, o que difere nesse aspecto da psicoterapia individual seria o foco, como dito anteriormente na psicoterapia de casal o que é trabalhado é o relacionamento.

Resumidamente a psicoterapia de casal começa com uma entrevista, e nas sessões seguintes é iniciada uma avaliação cuidadosa do relacionamento através de reuniões conjuntas e sessões individuais (dependendo da abordagem, ou seja, da linha de trabalho do psicoterapeuta), propiciando diálogo e reflexões relacionados ao universo do casal. O psicoterapeuta deverá ser neutro, não se colocando a favor de nenhum lado, mas, ajudando o casal a reconhecer os pontos responsáveis pelos maiores conflitos.

Se a psicoterapia de casal for a mais indicada para os parceiros, o tratamento seguirá com sessões semanais, com duração de 50 minutos (podendo variar também de acordo com cada profissional).

A terapia é realizada com a colaboração participativa do casal, portanto, esta possibilidade psicoterapêutica para ser efetiva, conta com o envolvimento, entrega e disposição para dividir sentimentos e ações conjuntamente com as intervenções e técnicas psicoterapêuticas.
Esse é um breve resumo de um assunto muito extenso, logo, dentro deste tema temos muito que discorrer, considerando as infinitas peculiaridades de cada ser, neste caso, de cada casal.

Para maiores esclarecimentos cabe marcar uma entrevista com um profissional e avaliar as possibilidades de acompanhamento para o casal.

quarta-feira, 9 de março de 2011

AME A VIDA, POIS NASCEMOS PARA AMAR...E SE ALGUÉM LHE PERGUNTAR O QUE FIZESTE DA VIDA DIGA APENAS...AMEI!!!!!

(GABRIELA G. O. MACIEL)

FAMÍLIA e CASAL

Escolhi esse tema, pois, não apenas no consultório, mas, na minha vida social tenho escutado muitos desabafos que discorrem em relacionamentos de marido e mulher, pais e filhos, finança familiar entre outros assuntos que surgem quando falamos em família.
Esse assunto é muito rico e abre um leque de questões que poderíamos discutir, por isso dividirei este tema em alguns subtemas, sabendo que poderia incluir vários outros, neste primeiro momento iremos conversar um pouco sobre casamento.
O casamento é uma união entre duas pessoas que são únicas, cada uma de um jeito, cada uma com suas particularidades, o que é um “presente” para a relação, pois a troca, a soma, contribui muito para que cresçamos, mas, em contra partida essas diferenças podem nos levar a uma crise popularmente conhecida como “incompatibilidade”.
No casamento temos o encontro intimo e intenso de dois universos, este encontro naturalmente gera tensão, que dependendo do modo como for elaborada poderá enriquecer ou empobrecer o relacionamento do casal.
O desafio está posto diante do casal: viabilizar uma relação sadia, boa de ser vivida, e aí surgem outras questões; como estruturar uma relação sem violar, reprimir ou desrespeitar o outro?
A dificuldade em se trabalhar as diferenças pode levar a conflitos insuperáveis ou gerar falsas soluções como autoritarismo e manipulação, nestes casos o que define a relação é a luta pelo poder, pois, o que detém poder neutraliza o outro. E quando o outro é neutralizado ele deixa de existir como pessoa autônoma, pois, quando subjugo o universo do outro, conduzo a relação de acordo com meu universo, ou seja, do meu jeito. Esse caminho muitas vezes é tomado trazendo mais complicadores a relação, como baixa auto-estima do companheiro(a), desrespeito, rancores entre outros.
Como então caminhar para uma relação satisfatória?
Esta, como outras questões importantes que a vida nos coloca não tem uma resposta simples, de aplicação imediata. Não há formulas. A forma que a relação tomar será aquela construída pelo casal. Portanto, uma boa relação passa pela destruição do mito de uma situação ideal, onde os cônjuges se ajustam perfeitamente e naturalmente. É necessário perceber que a relação como um processo, é algo a ser permanemente construído, dependendo das duas partes envolvidas para ter sucesso, é uma “via de mão dupla”, onde os dois se entregam, onde os dois recebem, muitas vezes será trabalhoso, mas, o resultado pode ser muito bom.
Voltamos a falar “logo, logo” sobre família. Até a próxima!