Como combinado segue abaixo uma breve apresentação sobre o bullying, seus sintomas e algumas possíveis medidas de combate a tal violência. Este tema como todos os outros que se referem ao ser humano, é extenso, pois, cada ser é único, percebe a vida de uma forma peculiar e reage de maneira diferente diante das situações que a vida lhe apresenta, abaixo discorro sobre alguns aspectos que considero relevantes para o momento, sabendo que o assunto não será esgotado, deixo este espaço aberto para o leitor, caso tenha alguma dúvida ou contribuição que entenda que é importante para a propagação da informação e ação social sobre o assunto. Então, vamos começar nossa troca de informações!
O bullying pode ser descrito como o comportamento agressivo encontrado principalmente entre estudantes. São ações de agressão física, verbal, moral ou psicológica que acontecem repetitivamente, sem motivo evidente, praticados por um ou vários alunos contra outro, em uma relação desigual de poder. A palavra bullying é um termo inglês que decorre do verbo to bully que significa ameaçar, intimidar e dominar.
Pesquisas em muitos países apontam que a vítima de bullying pode sofrer muito, desenvolver quadros depressivos e em casos mais graves pode resultar em até tentativas de suicídio.
Esta não é uma violência qualquer, pois, ela acontece no grupo em que a criança ou adolescente necessita pertencer, onde precisa se sentir aceito; estas vivências tem uma parte importante no processo saudável de amadurecimento psicológico e no preparo para a vida adulta.
Sentir-se desprezado nesse período especial da vida é uma experiência que deixa marcas que podem ser suavizadas, mas, jamais serão esquecidas. Por esse motivo e, especialmente, por ser um problema que pode ser prevenido, enfraquecido e até impedido, que o bullying faz jus a uma vigilância especial de educadores, familiares e de toda a sociedade.
A rejeição e ações violentas têm raízes remotas na historia do homem. As pessoas diferentes frequentemente são alvos de perseguição e covardia. No entanto, no atual estágio da civilização, tornam-se inadmissíveis as desculpas “clássicas” para não agir contra a angústia psicológica e física de crianças e jovens que se destacam por algum motivo, como por exemplo: gagueira; uso de óculos; obesidade; magreza ou até, desempenho acadêmico “exemplar”, que pode fomentar a inveja e vingança.
Para desespero das vítimas, frequentemente as ameaças e intimidações são mantidas através da internet, que seria o chamado Cyberbullying, piorando a tortura, já que até na sua ausência são agredidos, ou seja, mesmo que não seja “frente a frente”, os perseguidores podem oprimir.
Gostaria de descrever abaixo alguns itens que considero importantes para informação:
Tipos de Agressão no Bullying:
Física: Exemplos: bater, empurrar, derrubar e ferir;
Verbal: Exemplos: Xingar, ameaçar, e gritar;
Moral ou Psicológica: Exemplos: amedrontar, apelidar, discriminar, humilhar, dominar, excluir e perseguir.
Sexual: Assediar, insinuar, abusar e violentar.
Tipos de Cyberbullying
Bullying direto: é o mais comum, o autor envia agressões verbais por e.mails, celular ou através dos afamados recados das redes sociais;
Criação de Websites: Páginas na internet são criadas com intensão de atacar e humilhar a vítima;
Impersonalização: Ocorre quando uma pessoa se faz passar por outra, seja, invadindo e.mails e perfis pessoais; ou inventado perfis falsos. O autor pode ofender outras pessoas para culpar a vítima, ou, se comportar “inadequadamente” para que as outras pessoas pensem que as atitudes estranhas na internet são da vítima, cultivando, irá e preconceito;
Fórum de discussões: Onde o tema central será a vítima. Os algozes são cruéis, fazendo comentários vexatórios que podem ser vistos e complementados por todos que tiverem acesso ao local onde está ocorrendo à discussão. (exemplo de locais onde acontecem os fóruns: redes sociais, blogs, entre outros);
Postagens de fotos e vídeos: Nesse caso, as imagens registradas podem ser variadas, alteradas e divulgadas atreladas à propagandas e informações humilhantes;
Algumas consequências nas vítimas:
• Resistência a ir para escola;
• Dor de cabeça, febre e até taquicardia momentos antes de sair de casa;
• Perda de apetite;
• Insônia;
• Tendência ao isolamento;
• Crises de choro na volta do colégio;
• Queda do desempenho escolar;
• Depressão;
• Ansiedade
• Entre outros.
Algumas consequências nos autores da violência:
• Tendência ao uso abusivo de álcool e outras drogas;
• Envolvimento em lutas corporais;
• Tendência ao envolvimento com a criminalidade;
• Agressividade;
• Repetição de padrão de comportamento em outras esferas sociais, como por exemplo: na vida adulta, ter comportamentos de desrespeito ao próximo no ambiente de trabalho.
Alguns sinais de alerta para identificar alguém que está sendo alvo de Bullying:
• Conquista de poucos amigos;
• Passa o recreio sozinho;
• Não possui “melhor” amigo;
• Chega em casa chorando, quando volta da escola e não consegue explicar;
• Tem medo de ir para escola;
• Chega em casa como o material escolar destruído;
• Tem pertences roubados repetidamente na escola;
• Evita atividades escolares como passeios, festas e esportes;
• Apresenta marcas e machucados sem explicação lógica para tal;
• É agredido, mas, não consegue se defender;
• É excluído de programações por parte dos outros alunos;
• Entre muitos outros.
Qual é o papel dos pais?
• Monitore o que seu filho faz na escola e no computador;
• Não permita que poste fotos muito expositivas na internet (exemplo: fotos de biquínis e sungas);
• Estimular o assunto em casa. Na maioria das vezes, as vitimas tem vergonha e medo de falar à família sobre o bullying;
• Mostre ao se filho a importância do respeito mutuo;
• Não incentivar a criança a revidar. Isso só vai provocar ansiedade em alguém que, nessas circunstâncias, tem extrema dificuldade de se impor;
• Orientar o seu filho a procurar um adulto na escola no momento em que sofrer agressão ou ver algum colega passando por situações constrangedoras provocadas por outros colegas;
• Se for constatada a ocorrência de agressão; ir à escola e solicitar um trabalho com os alunos, com o objetivo de sanar o problema; além de acompanhar seu filho com todo apoio familiar (acolhimento, compreensão, aceitação e etc.);
• Nos casos mais graves, em que os estragos na vida da criança são expressivos, recomenda-se buscar amparo com profissional de psicologia;
Bom, esse é um resumo das questões que envolvem o Bullying, de qualquer forma precisamos nos comprometer com o objetivo de promover uma escola mais saudável, pois, a violência nunca será um caminho positivo, amar e ser amado, aceitar e ser aceito, são os sentimentos e decisões que podem contribuir na construção de um mundo melhor. Conto com você nessa empreitada! Até o próximo post!
Bibliografias consultadas:
Livro: Manual antibullying para alunos, pais e professores, editora Best Seller, autor Dr. Gustavo Teixeira;
Revista Veja: Edição 20 de Abril de 2011 edição 2213 – ano 4 – n.º 16
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