quarta-feira, 9 de março de 2011

FAMÍLIA e CASAL

Escolhi esse tema, pois, não apenas no consultório, mas, na minha vida social tenho escutado muitos desabafos que discorrem em relacionamentos de marido e mulher, pais e filhos, finança familiar entre outros assuntos que surgem quando falamos em família.
Esse assunto é muito rico e abre um leque de questões que poderíamos discutir, por isso dividirei este tema em alguns subtemas, sabendo que poderia incluir vários outros, neste primeiro momento iremos conversar um pouco sobre casamento.
O casamento é uma união entre duas pessoas que são únicas, cada uma de um jeito, cada uma com suas particularidades, o que é um “presente” para a relação, pois a troca, a soma, contribui muito para que cresçamos, mas, em contra partida essas diferenças podem nos levar a uma crise popularmente conhecida como “incompatibilidade”.
No casamento temos o encontro intimo e intenso de dois universos, este encontro naturalmente gera tensão, que dependendo do modo como for elaborada poderá enriquecer ou empobrecer o relacionamento do casal.
O desafio está posto diante do casal: viabilizar uma relação sadia, boa de ser vivida, e aí surgem outras questões; como estruturar uma relação sem violar, reprimir ou desrespeitar o outro?
A dificuldade em se trabalhar as diferenças pode levar a conflitos insuperáveis ou gerar falsas soluções como autoritarismo e manipulação, nestes casos o que define a relação é a luta pelo poder, pois, o que detém poder neutraliza o outro. E quando o outro é neutralizado ele deixa de existir como pessoa autônoma, pois, quando subjugo o universo do outro, conduzo a relação de acordo com meu universo, ou seja, do meu jeito. Esse caminho muitas vezes é tomado trazendo mais complicadores a relação, como baixa auto-estima do companheiro(a), desrespeito, rancores entre outros.
Como então caminhar para uma relação satisfatória?
Esta, como outras questões importantes que a vida nos coloca não tem uma resposta simples, de aplicação imediata. Não há formulas. A forma que a relação tomar será aquela construída pelo casal. Portanto, uma boa relação passa pela destruição do mito de uma situação ideal, onde os cônjuges se ajustam perfeitamente e naturalmente. É necessário perceber que a relação como um processo, é algo a ser permanemente construído, dependendo das duas partes envolvidas para ter sucesso, é uma “via de mão dupla”, onde os dois se entregam, onde os dois recebem, muitas vezes será trabalhoso, mas, o resultado pode ser muito bom.
Voltamos a falar “logo, logo” sobre família. Até a próxima!

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